A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) reuniu, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, líderes globais de mais de 140 países para discutir o futuro do planeta e se encerrou com um misto de conquistas e desafios significativos.
Um dos marcos mais relevantes foi o acordo que marca a transição gradativa para a saída dos combustíveis fósseis. Após dias de intensas conversas e divergências, os representantes presentes na conferência chegaram a um consenso: a eliminação progressiva do carvão, petróleo e gás natural.
Esse acordo histórico é um marco para a ação climática global, pois estabelece metas e compromissos tangíveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A transição para fontes de energia limpa e renovável, como solar, eólica e hidrelétrica, foi estabelecida como prioridade máxima para alcançar os objetivos do Acordo de Paris.
Desafios e obstáculos
Contudo, a COP28 não transcorreu sem desafios. A falta de consenso sobre o ritmo e os prazos para a eliminação dos combustíveis fósseis foi um ponto crítico. Alguns países manifestaram reservas e resistência, usando como argumentos os impactos econômicos imediatos e a necessidade de transições mais suaves para suas economias, dependentes desses recursos.
Ainda que tenha sido alcançado um acordo geral, a falta de unanimidade em relação aos detalhes específicos gerou tensões e adiou decisões cruciais para futuras reuniões. A complexidade das questões envolvidas e a necessidade de equilibrar a urgência climática com as realidades econômicas locais provaram ser um desafio sensível para os próximos anos.
O caminho à frente
O texto final pareceu sutil em relação às decisões e metas impostas, mas o verdadeiro cerne reside na compreensão das questões discutidas e em seu impacto no cotidiano. Nesse sentido, a declaração de intenção para a redução já transmite uma mensagem significativa.
Além disso, a escolha do Brasil como sede da COP30 foi uma decisão crucial. O evento está programado para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém, capital do Pará. Desde maio deste ano, o Brasil havia conquistado o apoio de praticamente todos os países sul-americanos e caribenhos para sediar essa cúpula, um requisito dos organizadores para definir o país anfitrião.
Data da publicação: Dezembro/2023